domingo, 10 de abril de 2011

"Rio" e um domingo comum

Para mim, domingos são dias que servem apenas para separar o alívio do sábado - um elixir pós-maratona de trabalho - da agonia de uma segunda-feira que dá início a mais cinco dias de correria. Geralmente, os domingos são dias mais mornos, sem tantas opções de programas ou vontade de badalar. Afinal, no dia seguinte é SE-GUN-DA!

Hoje não foi diferente. Dormi muito (do jeito que gosto, até às 14 horas), almocei tarde e fiquei de bobeira. Como não fez sol, nem à praia fui. Até que, lá pelas tantas, decidi ir ao cinema. Aposta certa: assistir "Rio", a tão comentada produção que tem o Rio de Janeiro como cenário e, segundo me consta, se transformou em febre na América do Norte.

O filme é vibrante. Muitas cores, araras, tucanos, pássaros gordos, magros, bons e maus. Humanos ecologicamente corretos, contrabandistas e muito carnaval. Sem entrar muito na história, já adianto que a sinopse não é lá grandes novidades. "Rio" repete a fórmula de "Procurando Nemo", onde o protagonista tem que enfrentar limitações próprias e faz váááários amigos. A produção de Carlos Saldanha é, de fato, uma exaltação ao Brasil e à beleza carioca. A reprodução virtual da praia de Copacabana, do Pão de Açúcar e do bondinho fascina e emociona. Além de adorar cinema, também adoro o Rio. Talvez daí venha minha empolgação pós-filme.

Bom, esta ida ao cinema acabou sendo diferente para mim. Gosto de assistir filmes acompanhado. Admito: me entrego às histórias e enquanto as imagens passam na telona, sou absorvido pelas emoções contadas. Preciso de alguém do lado para fazer comentários, para segurar na mão quando me assusto ou só mesmo para sair comigo do cinema relembrando os melhores momentos. Vez ou outra, me envolvo tanto com o que vejo que chego a interagir com os personagens, e só "desperto" à realidade após um "xiiii" de alguém da plateia. Vergonha para meus amigos, que sofrem ao meu lado, tendo que dar conta do filme e dos meus comentários. Tá, talvez eu seja meio exagerado...

Neste domingo fui sozinho ao cinema. Já que meus melhores amigos estão morando longe e os demais, creio eu, também ficam low frofiles aos domingos, não me restava outra alternativa. Aliás, restava: ficar em casa. Mas não era o que eu queria. Me enchi de coragem e decidi encarar "Rio" sem ninguém para dividir minhas opiniões. Guardei comigo a emoção ao ver os voos rasantes das ararinhas-azuis que protagonizam a história, me peguei, sozinho, balançando a perna ao ritmo da trilha sonora, ri sozinho de algumas passagens e, quando subiram os créditos, saí feliz, cantarolando, da sala de cinema.

Neste domingo, fui uma ótima companhia pra mim mesmo. Que bom!

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